Na principal página sobre amamentação no site da OMS, podemos encontrar uma afirmação que nos deixa bem claro o conceito sobre a livre demanda: "Os bebês devem ser amamentados sob livre demanda - quantas vezes a criança quiser, dia e noite. Não devem ser usadas mamadeiras, bicos ou chupetas".
No entanto, mesmo tendo como base um dos mais respeitáveis órgãos de saúde no mundo, a amamentação em livre demanda ainda gera inúmeras dúvidas, pois requer um contexto familiar favorável, além de uma série de outros fatores. Vamos falar um pouquinho sobre isso?
O que é a amamentação em livre demanda?
Livre demanda significa amamentar sempre que o bebê quiser. Em poucas palavras, significa que o bebê será amamentado sempre que sentir fome, seja noite ou dia. Além disso, irá mamar o quanto quiser, até se sentir satisfeito. Isso depende do ritmo de cada criança e da quantidade de leite disponível em cada mama.
Quais são os principais benefícios da amamentação em livre demanda para a mãe e o bebê?
Há diversos benefícios tanto para a mãe, quanto para o bebê. Além de ser extremamente importante para que se estabeleça um vínculo entre mãe e filho, a prática permite que a criança aprenda desde cedo a regular a ingestão de alimentos conforme a sua fome. Dessa forma, o bebê corre menos riscos de sofrer com a obesidade infantil mais para frente.
Para a mãe, amamentar em livre demanda estimula a produção de leite, pois é justamente o ato de amamentar que faz a mama produzir o alimento. Além disso, os seios devem ser esvaziados com regularidade para evitar condições como o ingurgitamento mamário.
Saiba mais: amamentação baseada em evidências
Principais mitos sobre a amamentação em livre demanda
Mesmo estando provados os benefícios do leite materno e da amamentação em livre demanda para mãe e bebê, existem muitos mitos que envolvem esse momento e que podem ser um empecilho para que as mães amamentem.
Apesar de a maioria das recomendações serem embasadas em estudos científicos de qualidade, ainda há vários hábitos difundidos entre as mães e profissionais da saúde, como:
Amamentar durante o dia para não ter que dar o peito a noite: não é livre demanda!
Acordar o bebê a cada três horas para mamar: não é livre demanda!
Não oferecer mais o peito, pois começou a introdução alimentar: não é livre demanda!
Dar mamadeira com leite artificial antes de dormir para poder dormir a noite inteira: não é livre demanda!
Dar mamadeira com leite artificial, pois o leite da mãe está fraco já que o bebê está pedindo pra mamar muitas vezes: não é livre demanda!
Ainda que a amamentação em livre demanda ofereça inúmeros benefícios para o bebê, é importante ter ciência de que este é um processo que exige dedicação flexibilidade por parte da mãe e sua rede de apoio.
Para uma produção de leite satisfatória, é muito importante que a mãe descanse, tenha momentos de relaxamento e conte com a ajuda do seu ciclo familiar e social.
Ainda que possam surgir dificuldades, a boa informação está sempre a favor de mãe e bebê. Por isso, vale muito a pena investir em cursos e consultorias especializadas para conduzir essa fase da melhor maneira possível.
Além disso, um bom conselho durante essa etapa é seguir os seus instintos: fique confortável em amamentar e esteja conectada ao seu bebê. O sucesso mora aí!
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