O que a ciência diz sobre isso?
Sabemos que a amamentação de um bebê prematuro pode representar medo e até mesmo alguns desafios para a mãe e equipe médica.
No entanto, não existe nenhuma evidência científica que justifique que se atrase ou desencoraje o início do aleitamento materno nesses casos. Inclusive, o leite materno das mães de prematuros é rico em quantidade de proteínas, calorias e fatores de proteção da imunidade.
Amamentação de prematuros pode fazer com que eles percam peso?
Há o mito de que a amamentação pode ser mais cansativa para o bebê prematuro, fazendo com que ele perca as tão preciosas gramas necessárias rumo à sua alta (quem é mãe de prematuro sabe bem o quanto isso é importante).
Porém, também é cientificamente comprovado que a amamentação na mamadeira é que acaba gerando mais desgaste para o bebê do que no peito.
Além disso, a amamentação do prematuro, além de fortalecer o vínculo mãe-filho, muitas vezes abalado por longas permanências na UTI Neonatal, é responsável por favorecer a maturação gastrointestinal e aumentar o desempenho neuropsicomotor dessas crianças.
Outra desvantagem da amamentação via mamadeira para prematuros, é que ela produz alterações fisiológicas e bioquímicas adversas e indesejáveis em lactentes pequenos, incluindo: hipoxia, apneia, bradicardia, dessaturação de oxigênio, redução da hipercapnia, frequente hipotermia e frequência respiratória irregular (Chen et al., 2000).
É preciso coragem e muita vontade!
Diante de tais evidências, é expressamente importante que o aleitamento materno seja visto como um grande facilitador para a total recuperação de um bebê prematuro, ainda que isso exija muita dedicação e paciência por parte das famílias e profissionais de saúde para que aconteça.
Todos precisam estar efetivamente disponíveis para que o aleitamento do prematuro aconteça, e isso significa empatia, doação de tempo, não desistir e realmente acreditar na importância daquele ato!
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