Virginia é mãe da Aninha e não esconde o quanto a maternidade transformou a forma de lidar com seu ofício – reconhecendo as dificuldades desta grande aventura que é ceder espaço no corpo e no coração para formar, do zero, um novo ser. “O patriarcado, a indústria médico-hospitalar e a cultura em que vivemos fez com que as mulheres não acreditassem na própria capacidade de gestar, parir e cuidar”, diz Virginia. “Acredito que através da minha profissão eu posso levar informação a elas. Mostrar que possuem capacidade e poder de escolher e decidir.” Assim como forma bons especialistas e pesquisadores nas salas de aula da faculdade, o seu objetivo nos cursos do Espaço Virgínia Ferreira é formar gestantes e mães, e também profissionais, como consultoras e laserterapeutas, mais informadas e empoderadas – fazendo com que consigam, com mais leveza, se conectar aos seus bebês e aos seus pacientes. Empenhada em ajudar a construir um novo tempo, Virginia encontra nos versos de Cátia de França o espelho da sua crença mais profunda: “toda criança reinaugura o mundo”.